Há cerca de dois anos, a nova ala do hospital geral e maternidade Tereza Ramos, em Lages, está pronta, mas permanece de portas fechadas. Os 93 leitos eletivos e 30 de UTI estão vazios. O deputado Marcius Machado (PL) cobrou do Governo do Estado uma data para abertura da nova ala que, anteriormente, estava agendada para o dia 20 de maio. Esse é mais um dos inúmeros pedidos do deputado para abertura dos novos leitos e vagas de UTI em Lages.
Quase um mês depois da primeira previsão, ainda não se sabe que dia a ampliação do hospital, que há mais de 70 anos atende Lages e região, começará a ser usufruída pelos pacientes. Marcius Machado ainda ressalta que os novos leitos viriam a colaborar para o atendimento de pacientes acometidos com o novo coronavírus e precisam de internamento, sem precisar da criação de um hospital de campanha. “Desde o início do mandato estamos nessa novela”, acrescenta.
Já foram inúmeros também os pedidos para que Marcius visitasse a nova ala, mas o deputado ainda não obteve retorno e nenhuma data foi agendada. “Por irresponsabilidade de uma diretoria política, eu ainda não tive acesso. Encaminhei um ofício, não quero me impor como deputado. Sou o único representante dos 18 municípios da Amures, estou trabalhando incessantemente para a abertura da nova ala. Inclusive, quando era vereador em Lages, fui um dos que aprovou a doação do terreno onde foi feita a ampliação, quero saber quando vai abrir e estou esperando a oportunidade de uma visita. Os vereadores, por exemplo, já visitaram duas vezes desde que fiz o pedido, o que é um desrespeito”, enfatiza o deputado.
A Secretaria de Estado da Saúde havia antecipado a abertura de 28 leitos de UTI e 46 leitos de internação do hospital de agosto para maio de 2020. O funcionamento destes leitos tem finalidade de atender pacientes acometidos com Covid-19. Serão contratados 30 médicos intensivistas e 13 enfermeiros, além de uma equipe multiprofissional para o espaço. O edital para essas vagas foi aberto no final de maio.
Os casos coronavírus vêm aumentando significativamente em Lages desde o começo da aplicação dos testes rápidos. De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura, três pessoas seguiam em internação devido às complicações da doença, sendo que duas precisaram ficar em UTI. A obra de construção da nova ala custou R$ 86 milhões para a parte física e R$ 15 milhões na compra de equipamentos. Sessenta e sete municípios são abrangidos pelos serviços do hospital, sendo a única maternidade pública da região serrana e local onde são realizados tratamentos para diversos tipos de câncer.
Texto: Camila Paes
Foto: Agência AL
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